segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Complementariedade e o estimulo sexual





     No livro Amor e Responsabilidade, Karol Wojtyla, acrescenta um anexo com o seguinte título “A Sexologia e a Moral”. Neste trecho da obra, Wojtyla fala das diferenças existentes no que se refere ao estímulo sexual feminino e ao masculino e seu desenvolvimento. Nesse sentido, é oportuno mencionar que, em muitos cursos de noivos, ouvimos a expressão: "homem é como um fogão a gás, e a mulher, como um fogão a lenha". Essa metáfora também é encontrada no livro Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazer amor?, de Allan e Barbara Pease.

     Muitas são as dúvidas e conflitos gerados em torno dessas questões. Então, para começarmos a entender um pouco mais sobre isso, recorremos aos ensinamentos de Karol Wojtyla na obra já mencionada. Wojtyla faz um apanhado geral sobre o desenvolvimento dos impulsos sexuais até a puberdade. As manifestações psíquicas da fase que antecede a puberdade é um período de entorpecimento, também conhecido na psicologia moderna como latência. Vale pensar como o popularmente conhecido "clube do Bolinha ou da Luluzinha", pois as meninas têm um certo afastamento dos meninos, e vice-e-versa. Não é incomum em nossa sociedade atual uma cobrança obsessiva sobre o posicionamento sexual dos meninos e da meninas quando estes ainda estão vivendo o período de latência. Essa era para ser uma fase importante na maturação sexual, mas passa a ser uma fase de angústia e crescente insegurança. E, por falta de conhecimento sobre o próprio desenvolvimento humano, essa etapa tem sido negligenciada.

     Após essa exposição, Wojtyla trata dos problemas que fazem referência às diferenças do estímulo sexual feminino e do masculino. Do ponto de vista do amor, as diferenças, na curva feminina de excitação, que sobe e desçe mais lentamente, pede um altruísmo da parte do homem, para que este não seja o único a atingir o ponto culminante da excitação sexual.





    "Não pode resultar senão duma profunda educação do amor!" (Amor e Responsabilidade). Essas são as palavras de Wojtyla quando fala dessa busca por amar para além de si mesmo, esse é o caminho que ele sabiamente nos aponta. "Se se tem em conta que a curva de excitação do homem é mais curta e sobe bruscamente é-se levado a afirmar que um ato de ternura da sua parte, nas relações conjugais, adquire a importância dum ato de virtude, precisamente a virtude de continência e indiretamente do amor" (Karol Wojtyla).



     A partir disso, podemos compreender a importância da castidade, da educação para o amor, do autodomínio, da temperança, como caminhos para a realização futura no matrimônio, mas também para a realização sexual do casal, e não como uma obstrução ao amor. Ao contrário, como um verdadeiro antídoto.

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