No livro Amor e Responsabilidade, Karol Wojtyla, acrescenta
um anexo com o seguinte título “A Sexologia e a Moral”. Neste trecho da obra,
Wojtyla fala das diferenças existentes no que se refere ao estímulo sexual
feminino e ao masculino e seu desenvolvimento. Nesse sentido, é oportuno
mencionar que, em muitos cursos de noivos, ouvimos a expressão: "homem é
como um fogão a gás, e a mulher, como um fogão a lenha". Essa metáfora
também é encontrada no livro Por que os
homens fazem sexo e as mulheres fazer amor?, de Allan e Barbara Pease.
Muitas
são as dúvidas e conflitos gerados em torno dessas questões. Então, para começarmos
a entender um pouco mais sobre isso, recorremos aos ensinamentos de Karol Wojtyla
na obra já mencionada. Wojtyla faz um apanhado geral sobre o desenvolvimento
dos impulsos sexuais até a puberdade. As manifestações psíquicas da fase que
antecede a puberdade é um período de entorpecimento, também conhecido na
psicologia moderna como latência. Vale pensar como o popularmente conhecido
"clube do Bolinha ou da Luluzinha", pois as meninas têm um certo
afastamento dos meninos, e vice-e-versa. Não é incomum em nossa sociedade atual
uma cobrança obsessiva sobre o posicionamento sexual dos meninos e da meninas
quando estes ainda estão vivendo o período de latência. Essa era para ser uma
fase importante na maturação sexual, mas passa a ser uma fase de angústia e
crescente insegurança. E, por falta de conhecimento sobre o próprio desenvolvimento
humano, essa etapa tem sido negligenciada.
Após essa
exposição, Wojtyla trata dos problemas que fazem referência às diferenças do
estímulo sexual feminino e do masculino. Do ponto de vista do amor, as
diferenças, na curva feminina de excitação, que sobe e desçe mais lentamente,
pede um altruísmo da parte do homem, para que este não seja o único a atingir o
ponto culminante da excitação sexual.
"Não pode
resultar senão duma profunda educação do amor!" (Amor e Responsabilidade). Essas são as palavras de Wojtyla quando
fala dessa busca por amar para além de si mesmo, esse é o caminho que ele
sabiamente nos aponta. "Se se tem em conta que a curva de excitação do
homem é mais curta e sobe bruscamente é-se levado a afirmar que um ato de
ternura da sua parte, nas relações conjugais, adquire a importância dum ato de
virtude, precisamente a virtude de continência e indiretamente do amor" (Karol
Wojtyla).
A partir
disso, podemos compreender a importância da castidade, da educação para o amor,
do autodomínio, da temperança, como caminhos para a realização futura no matrimônio,
mas também para a realização sexual do casal, e não como uma obstrução ao amor.
Ao contrário, como um verdadeiro antídoto.
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