domingo, 30 de novembro de 2014

Traição nos relacionamentos


A traição é um assunto complexo quando se fala em relacionamentos, mas é necessário levantar essa reflexão pois, está presente em todos os âmbitos: amizade, namoro, trabalho, casamento. É uma realidade que todos uma hora ou outra vamos ter que superar. Jesus mesmo foi traído por Judas, fez questão de celebrar a Ceia da Pascoa e deixar claro que: Judas foi escolhido, amado, apesar de Jesus saber que ele iria o trair. Aí mora uma grande lição: aquele que traí perde mas do que quem foi traído!

A traição de um amigo, de um colega de trabalho, toda traição é difícil ser curada, em qualquer tipo de relacionamento, mas no casamento a traição não atinge somente os cônjuges, mas toda família, principalmente os filhos. Jesus deu o pão embebido para Judas, dando ali seu perdão, como fez com Pedro que negou até mesmo conhece-lo. 

A diferença entre os dois é que Judas não aceitou ser perdoado. O orgulho quer nos convencer de que não merecemos perdão. O orgulhoso se incomoda com a misericórdia de Deus, não aceita um amor tão desinteressado assim, vê o perdão como fraqueza. A dificuldade em perdoar é grande, maior ainda é dar o perdão a nós mesmos quando somos nós que traímos. Pedro enfrentou seu orgulho, lavando sua alma com muitas lagrimas, enquanto Jesus lhe direcionava: "Agora, vai e apascenta meus cordeiros!", como quem diz não se detenha aí, levante-se e siga em frente. Cuide agora dos que eu lhe confiei. Vejo aí um dos maiores milagres, Jesus mostrou como sua confiança é redentora. Reatou sua confiança em quem acabará de ter o traído. 

Como Jesus mesmo deu o exemplo o perdão cura o coração, mas antes é preciso fazer aquela linda pergunta que ele fez a Pedro: "Me amas?". Pois só o amor é capaz de retirar o ser humano desse buraco que é a traição, e traze-lo para atitudes novas, se não vira um ciclo vicioso e nada redentor. 

Outra coisa é importante ser destacada o perdão não significa esquecimento, como quem apaga suas lembranças de modo magico. Superar uma traição leva tempo e paciência, e pequenas atitudes para reconquistar a confiança. Principalmente quando a traição atinge o casamento, é preciso da parte dos dois pequenas atitudes que alimentem o amor novamente, e reconquiste a confiança. É um processo de reconstrução em que os dois vão enfrentar "crises de ciúmes", em que as questões retornam. 

Existe dois tipos de traição, uma é a isolada, e outra que já se tornou cronica. Quando a traição se torna cronica fica muito mas difícil reconstruir. Um casal que vive um namoro permeado de traições, dificilmente vai ter um casamente sem essa mesma característica. A fidelidade é uma virtude a ser cultivada desde o namoro, um casal que vive a castidade no namoro será muita mas capaz de viver essa mesma castidade no casamento. Castidade no casamento? Sim, a castidade não é apenas se abster de ter relações antes do casamento é sim ter um coração puro, e no casamento a castidade se expressa na fidelidade matrimonial. 

A traição pode ser em ambas as partes ou em uma delas, mas uma coisa é certa todos os dois lados tem responsabilidades nesse desequilíbrio. As vezes colocamos uns como culpados e outros como vitimas, mas nem sempre isso funciona. O amor é como uma planta que precisa ser regada, e cuidada, mas se ela murchar é preciso voltar a regar que ela retomará sua vitalidade. Para viver um casamento feliz é preciso sair da ilusão de que não terá desafios, mas a realidade é que a felicidade mora no lar que existe muita luta e desafios superados, e não onde eles não existem. As vezes temos uma visão romântica da vida, muito diferente do que Jesus viveu junto com a família de Nazaré. Em Nazaré aprendemos boas lições de como uma vida feliz está intimamente ligada a servir, superar, enfrentar os desafios com fé, muito pouco com a crença de que tudo tem que ser como imaginamos, em Nazaré a Amor fez a morte virar ressurreição!
 
Paz e bem!

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