segunda-feira, 6 de julho de 2015

A Redenção do coração


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Quando pensamos na Redenção que Jesus nós trouxe: se fez homem, se encarnou no seio da Virgem Maria, entregou seu corpo para a morte e morte de cruz. Jesus assumiu a corporeidade humana, e a elevou. A redimiu com seu sangue redentor! Podemos depois disso dizer que a santidade de Deus se debruçou, se aproximou de cada homem e mulher que acredita no que diz o Evangelho de João: "O verbo se fez carne!".
Depois da Redenção de Jesus não podemos viver dando as redeas da nossa vida interior a concupsencia, e sim com o auxilio de tamanha graça que é a ação do Espírito Santo em nos, vivermos como quem foi redimido na vida cotidiana. Pois a redenção é uma graça que precisa ser acolhida.
O Papa João Paulo II nas catequeses da Teologia do corpo fala da Redenção do coração e depois da Redenção do corpo, no ultimo dia. Agora vamos olhar a Redenção do coração. 
O que a Redenção do coração? Você pode se perguntar. 
Será que somente o cumprimento da Lei redime o homem?  
Os fariseus ficam sempre presos na "letra" da Lei, e Jesus vai além, ele quer ver o coração do homem. No Sermão da Montanha Jesus mostra bem isso: “Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério. Eu, porém, digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração“(Mt 5, 27-28).  Surge a partir daí o questionamento: Jesus veio revogar a Lei? E Ele mesmo responde:  “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas: não vim revogá-la, mas completá-la” (Mt 5, 19)
A vivencia plena da Lei se da no interior do coração humano. As palavras de Cristo convidam a uma nova ética, que nos textos das catequese são descritas com o termo ethos.  Essa ética que não é apenas um verniz que deixa bonito por fora, mas atinge o amago do coração humano, trazendo assim a força da Redenção autentica que Jesus. Sendo assim o corpo traz o seu significa mas profundo que é ser dom, ou seja, um dom livre em sua entrega. Como Jesus sendo Deus aceitou se entregar livremente.
Para a redenção é necessário ao domínio de si, uma liberdade interior. “Esse Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor existe liberdade” (2Cor3, 17). O amor só é possível na liberdade, ou seja, no domínio de si, chamado de dom da Temperança. Reconhece o chamado do corpo ao amor, percebe que a exemplo de Jesus o amor é Fiel, Total e fecundo.
O  sermão da Montanha faz uma reviravolta com a moral que se restringia a Lei, em Jesus a moral ganha vida, no sentido existencial, e também no interior do homem. Por isso Jesus chama os fariseus de sepulcros caídos, pois na casca e na aparência a moral impecável, mas no interior tudo estava podre. Assim, portanto, Cristo apela para o homem interior, para o seu coração. 
A concupiscência é o foco de Jesus, ou seja, precisamos estar atento ao nosso interior onde o pecado original deixou marcas, inclinações. O coração adultero que Jesus fala, é aquele que olha, colocando o outro no lugar de objeto, e isso pode acontecer até mesmo dentro do matrimonio. Essa é a revolução ética de que da teologia do corpo. 
O sermão da montanha se observarmos bem sempre começa com: "Felizes os que...", por que a verdadeira ética não deve ser um peso, mas uma caminho para a verdadeira realização pessoal e comunitária. Se queremos  realizarmos-nos como pessoas humanas é preciso saber que o Amor que realiza não trata o outro como objeto. Hoje tudo é considerado amor, mas Jesus não falou nada disso. Sua vida foi pura entrega, Jesus nos redimiu com seu sacrifício na Cruz, para nos ensinar o verdadeiro Amor esse que gera a vida!
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Até a próxima! Paz e bem!
 
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