Métodos de Alfabetização e suas implicações na educação
Não é preciso entender muito de educação para perceber que
vivemos um momento delicado quando se fala em escola, família, educação,
alfabetização. Um tema muito amplo mas olhando a historia dos métodos
pedagógicos podemos ver que a Educação Clássica na época dos medievais e até
uns 50 anos atrás tinha muitos limites, pois poucos tinham acesso, mas não
podemos negar que trouxe bons resultados formou gênios que até hoje custam a
ser superados, Geothe, Santo Agostinho, Tomas, etc. Na era moderna os métodos chamados
construtivistas já mostraram que o seu resultado não é nada bom, tanto que
formamos bons números educativos, e temos uma fabrica de Analfabetismo
funcional. Em alguns países esses efeitos foram logo notados e revertidos a
algum tempo, aqui não falamos de boca cheia dessa medíocre modernidade que
produz educação em massa. Nos países
onde a educação tem melhores resultados são aqueles que alfabetizam pelo método
fônico, ou seja, demora-se mais para alfabetizar mas tem melhores resultados.
Em todos as áreas de conhecimento cientifico estamos vivendo uma busca por
evidencias dadas aos devaneios teóricos e nada consistentes da nossa era
moderno cientifica.
E chamado pelos educadores de efeito Mateus, ou seja, alunos
que não passaram bem pelo processo de alfabetização tendem a seguir o que diz
esse trecho do Evangelho de Mateus 13, 12: “Pois a quem tem,
mais se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que quase não tem, até o que
tem lhe será tirado”. E é o que temos visto em grande escala, crianças que
pularam alguma etapa no processo de alfabetização tem uma piora gradativa
conforme vai galgando as etapas escolares. E aqueles que tiveram um bom
processo de alfabetização progridem sucessivamente. O sistema educacional público
insiste em seguir esse linha, e nem mesmo com muitas pesquisas atuais e
aprensentando resultados efetivos o MEC não aceita que a retomada do método
fônico traria um grande avanço real na educação. Pois temos um excesso de
ênfase na representação gráfica e uma lacuna no trabalho com os fonemas, ou
seja, o som que as letras produzem. Já temos muitos estudos que mostram que
devemos partir dos sons das letras e só depois a sua representação gráfica.
São cinco as etapas no processo de
alfabetização são
1 – Principio
Alfabético: Reconhecimento dos sons que a letras fazem e depois sua grafia,
uma boa dica para essa etapa é a leitura partilhada ou também conhecida como leitura em voz alta, os pais lendo para
os filhos.
2 – Memória
auditiva de curto prazo, ou seja, a criança guarda informações auditivas
que lhe serão muito uteis para uma boa compreensão no futuro.
3 – Consciência
de frases e palavras, a criança compreende a fala como um bloco inteiro e
ainda não sabe dessa fragmentação, frases e palavras.
4 – Consciência
silábica, a próxima etapa é compreender que as palavras também são
fragmentadas em silabas.
5 – Consciência
fonêmica, é a ultima etapa da alfabetização onde a criança reconhece a correspondência
entre letras e sons.
Essa ultima etapa muitas vezes é negligenciada
atualmente, o que atingem o âmago da compreensão do que se está lendo. Os métodos
modernos sugerem que essa etapa se desenvolve sozinha, o que nem sempre é
verdade. Algumas crianças têm recursos próprios que por dedução chegam a essa
compreensão, mas não são todas, e aí está o perigo. A consciência fonêmica da
ao leitor a capacidade de uma auto aprendizagem, ou seja, em vez de
simplificarmos nossa literatura para que mais gente tenha acesso, é preciso
leitores que com a literatura se sintam desafiados. Precisamos ler historia de fácil
compreensão para crianças pequenas, nem sempre, pois mesmo que algumas palavras
lhes soem estranho, esse estranhamento cognitivo e motor de aprendizagem,
ajudando assim a ampliar sua consciência fonêmica, enriquecer o vocabulário, e
desafiar seu cérebro a buscar o conhecimento.
Vocabulário: é de grande importância
na primeira infância, para a memória auditiva, consciência fonêmica, riqueza no
vocabulário, o que traz repercussões amplas como, facilita sua comunicação,
incrementa seu legue de compreensão de si mesmo e do mundo. Elaborando melhor o
que vivencia, os seus sentimentos, elaboração de seus dilemas pessoais e
sociais. O vocabulário oral deve ser adquirido até mesmo antes da escrita que
vem posterior, e com mais naturalidade quando a criança tem um bom repertorio
de linguagem oral.
Fluência: nasce quando a criança
desenvolveu bem a compreensão dos sons das palavras, ou seja, é preciso
conversar, ler histórias em voz alta para a criança, brincar com os sons e
fonemas. Por isso atualmente temos um crescimento estrondoso de crianças que
apresentam dislexia, que é o déficit na compreensão das palavras, a criança não
reconhece as palavras, também conhecido como déficit fonológico. Portanto o uso
dos métodos fônicos sanaria grande parte desse problema que hoje lota
consultórios de fonoaudiólogos, psicopedagogos e psicólogos.
Métodos: Nos clássicos temos alfabético,
fônico e silábico, nos chamados modernos temos os Globais e multissensoriais. Por
meio de estudos em neuropsicologia já temos muitas pesquisas que comprovam que
os métodos Globais trabalham excessivamente as regiões do cérebro de
reconhecimento gráfico, ou seja, a criança não aprende a decodificar as
palavras, mas simplesmente as compreende como a um desenho gráfico. Um bom
teste para saber se a criança decodifica os sons e a palavras, ou se ela
somente olha como um desenho e desenvolve uma leitura e escrita chamada
Logográfica. Que reconhece um logo e sabe o que ele significa mais não
compreende como a rota fonológica que leva até a construção daquela palavra,
rota lexical. O exercício é simples faça um ditado de palavras inventadas, e veja
se a criança escreve como está ouvindo, ou se ela escreve somente as palavras
que já conhece. Hoje já temos pesquisas que mostram o uso do método global é de
grande ajuda na alfabetização de crianças com alguma deficiência cognitiva, mas
o fato é por que o Brasil usa esses métodos na maioria das escolas para
crianças que tem um potencial cognitiva
normal.
Já os métodos multi sensoriais foram
aperfeiçoados na pedagogia Montessoriana, trabalhando bastante as questões do
movimento sinestésico. Muitas escolas usam os chamados métodos Mistos, que não
tem comprovação nenhuma pois fazem uma salada de frutas, sem consideram cada
etapa a ser adquirida.
Todo bom método de alfabetização deve
levar em consideração a questão do fonema, e as pesquisas mostram que essa
aquisição vem antes da questão gráfica. Os métodos fônicos são muitos os tipos e com variadas propostas. Trabalhando portanto longe desse atual
movimento construtivista que inverte as aquisições, querendo trabalhar textos
antes mesmo de que a criança compreenda partes menores desse todo. Fonemas,
silabas, frases e só depois textos.
Os países de primeiro mundo na era moderna
saíram dos fônicos e aderiram aos globais, mas logo sentiram sua ineficácia e
atualmente retomaram seus altos índices e resultados na educação. Agora aqui no
Brasil o método mais usado era o silábico e ainda não tínhamos muitos
educadores trabalhando com os fônicos, portanto a passagem não foi bruscamente
sentida, apesar de ser fato que cada ano que passa só aumentados os números da
alfabetização e das crianças na escola, mas também os índices de analfabetismo
funcional, estima-se que cerca de 50% dos universitários não compreendem textos
que leem. O Mec não tem interesse nas pesquisas sobre os métodos fônicos e sua eficácia,
muitos estudiosos já fizeram relatórios e enviaram ao Mec, mas o mesmo na
pratica tem um “vinculo” com Emília Ferreira, pois os seus PCN (planos
curriculares nacionais) são todos baseados em suas pesquisas que foram feitas
em escolas particulares e nem mesmo assim obtiveram resultados bons, mas sim
limiares. Os cursos de pedagogia do Brasil também só se detêm a essa abordagem pedagógica
baseada em Piaget, quem nem mesmo a França que é onde ele nasceu, consideram
tanto sua visão de educação. Algumas poucas situações sobre as questões fônicas
são vistas nos materiais do Mec.
Não gosto de abordar esse assunto com uma
ideia de que tudo que se faz no exterior é melhor que aqui, mas não podemos
negar que a era Paulo Freire fez um bom estrago em nossa educação. A ideia de Paulo
Freire era de usar somente palavras que o outro conheça, inculturar a educação
a realidade da criança em si é muito bom, mas parar aí e não permitir que essa
criança seja desafiada a crescer, buscando o conhecimento. O próprio titulo de
suas obras já denota toda a questão Marxista presente em suas ideias: “pedagogia
do oprimido”, ou seja o professor é aquele que oprime e o aluno é o oprimido,
as semelhanças com as ideias de Marx para as revoluções socialistas não são
mera coincidência, pois o conhecimento ficou sendo coisa de burguês e que não
devia depositada sobre a criança, como se esse conhecimento fosse opressor, não
fazendo parte do dia a dia da criança. Nossa seria longa essa história mas para
resumir, hoje a autoridade do professor foi retirada e o prejuízo não foi
pouco, cresceu a violência nas escolas, diminuiu o protagonismo do educador com
o pretexto de que a educação a criança precisa de autonomia. Não digo que não
seja importante a autono mia, mas é uma idade em que nem sempre as criança
sabem na pratica o que fazer com isso. Teoricamente é como as ideias de Marx
lindas para ler e sonhar e pesadelos quando colocadas em loco.