domingo, 6 de janeiro de 2013

Que tipo de homens eram esses magos?

Celebrando a Epifania muitos podem ter essa pergunta no coração, a resposta vem do nosso querido Papa Bento a seguir:

 "Os peritos dizem-nos que pertenciam à grande tradição astronómica que se fora desenvolvendo na Mesopotâmia no decorrer dos séculos, e era então florescente. Mas esta informação, por si só, não é suficiente. Provavelmente haveria muitos astrónomos na antiga Babilónia, mas poucos, apenas estes Magos, se puseram a caminho e seguiram a estrela que tinham reconhecido como sendo a estrela da promessa, ou seja, a que indicava o caminho para o verdadeiro Rei e Salvador. Podemos dizer que eram homens de ciência, mas não apenas no sentido de quererem saber muitas coisas; eles queriam algo mais. Queriam entender o que é que conta no facto de sermos homens. Provavelmente ouviram falar da profecia de Balaão, um profeta pagão: «Uma estrela sai de Jacob, e um cetro se levanta de Israel» (Nm 24, 17). Eles aprofundaram esta promessa. Eram pessoas de coração inquieto, que não se satisfaziam com aparências ou com a rotina da vida. Eram homens à procura da promessa, à procura de Deus. Eram homens vigilantes, capazes de discernir os sinais de Deus, a sua linguagem subtil e insistente. Mas eram também homens corajosos e, ao mesmo tempo, humildes: podemos imaginar as zombarias que tiveram de suportar quando se puseram a caminho para ir ter com o Rei dos Judeus, enfrentando canseiras sem número. Mas, não consideravam decisivo o que se pensava ou dizia deles, mesmo pelas pessoas influentes e inteligentes. Para eles o que contava era a própria verdade, não a opinião dos homens. Por isso, enfrentaram as privações e o cansaço dum caminho longo e incerto. Foi a sua coragem humilde que lhes permitiu prostrar-se diante dum menino filho de gente pobre e reconhecer n’Ele o Rei prometido, cuja busca e reconhecimento fora o objectivo do seu caminho exterior e interior".



HOMILIA DO PAPA BENTO XVI
(6 de Janeiro de 2012)




 
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