Quem
não quer um mundo mais fraterno e seguro? Você e eu... diríamos SIM. Mais então
por onde começar essa construção? Qual seria a melhor base? Não haveria tema
mais relevante para refletirmos nesta quaresma, como o da Campanha da
Fraternidade 2009. que nos convida a lançar os olhos sobre a Segurança Pública,
com o lema “A paz é fruto da Justiça” (Is 32,17). O tema foi escolhido a pedido
da pastoral carcerária. Dentro deste contexto atual que vivemos não podemos nos
esquecer de nossos irmãos e irmãos que estão presos, encarcerados. A voz de
João Paulo II em sua mensagem ao Jubileu dos Cárceres fica forte:
“Ao pensar nesses irmãos
e irmãs, quero antes de mais desejar-lhes que o Ressuscitado, que entrou no
Cenáculo estando às portas fechadas, possa entrar em todas as prisões do mundo
e ser acolhido nos corações, levando a todos a paz e serenidade” (Mensagem para
o Jubileu dos Cárceres).
Jesus
não anuncia uma paz zen, mais uma Paz inquietante e comprometida com o irmão,
Paz que custa lagrimas, luta, e renuncias. Podemos pensar em muitas soluções e
alternativas para um mundo mais justo e fraterno, mas todas anseiam por valores
cristãos, bases sólidas, para que com o tempo não entrem em “crise”.
A
sociedade não pode negar que muitas medidas tomadas para manter a segurança
precisam ser revistas, mas as prisões tem sido alvo de grandes discussões
sociais. Saliento aqui a urgência dos valores cristãos para que possamos
caminhar em direção a uma realidade mais fraterna. João Paulo II nos aponta: “Em vários casos, os problemas que criam
parecem maiores que aqueles que procuram resolver”. As cadeias cada vez
mais cheias são exemplo do fracasso dos valores vigentes no nosso mundo. Neste
ano paulino, São Paulo nos orienta: “O
mundo anseia pela manifestação dos filhos de Deus”, clama por valores, já que
a crise financeira é só um ponto da crise maior de valores.
Caminhar
é preciso, mas na direção certa, na retomada de valores que dignifiquem o ser humano.
É um longo percurso onde “Jesus é um paciente companheiro de viagem, que sabe
respeitar os tempos e os ritmos do coração humano, embora não se canse de
encorajar cada um a caminhar para a meta da Salvação” (Idem).
Profetas como João Paulo II, nos
motivam a rezar e a viver os valores
cristãos, pois uma vida em Deus, por si só já é Vida que Liberta.
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