Alguns artigos atrás eu escrevera um texto com o título: "Talvez a morte seja o maior instrumento para despertar a vida", quando nos vemos diante da possibilidade de morrer que é certa, ou de alguém que agente ama, é nessas horas que revemos toda a nossa vida, muita coisa passa pela cabeça, e ao mesmo tempo não conseguimos pensar em nada.
Heidegger diz que de nenhum modo somos fixos tal como o sentido comum se representa o ser da pedra ou de uma mesa. Nossa como seria menos angustiante, se fossemos pedra ou mesa, pena que não teríamos o brilho da vida! Nós somos marcados a vida inteira por uma relação permanente de instabilidade que mantém em si mesmo o movimento. Nunca o ser da existência do homem é coisa acabada; resultado adquirido, sucesso já realizado, a não na morte, quando já não podemos ser, nossas possibilidades já foram todas vividas. Somos existentes cujo ser está sempre posto em jogo. Fundamentalmente somos sempre um poder-ser.
Nesses dias a cidade inteira viveu um perda grande, Edmara, 24 anos, sorriso no rosto, faleceu em um acidente de carro, pessoas das quais a gente vê sempre, nos fazem pensar muito sobre questões existenciais:
Poderia ser qualquer um naquele carro!
Eu, você, seus pais.
Vivendo uma perda somos chacoalhados pra viver.
Será que minha vida tem válido a pena?
Tem colhido cada dia como se fosse o ultimo, porque pode muito bem ser mesmo o ultimo? Temos amado o bastante as pessoas que temos por perto?
Sempre é bom pensar nosso medo da morte, esconde um medo maior, medo da vida e de não saber vive-la! Talvez se na vida conhecessemos melhor a morte, saberiamos amar e viver melhor a vida! Há quem diz que não há lógica pra pensar em algo melhor após a morte, eu fico pensando no piadista que conta:
Um dia dois bebes gêmeos, na barriga da mãe tem uma conversa:
_Você acredita em vida após o parto?
_Claro que não!
_Porquê?
_Ué! ninguém voltou para contar!
A morte e o nascimento tem muito a nos ensinar a viver!
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
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