Esse é o tema que vamos trabalhar nesse artigo, quando falamos de relacionamentos a primeira coisa que precisamos exercitar é o perdão. Na amizade, na família, mas principalmente no matrimonio, pois só é possível um compromisso "Para Sempre", quando esse compromisso tem como fundamento o perdão e a reconciliação. Por que uma coisa é certa duas pessoas diferentes, limitas, em processo constante de construção não poderia fazer uma mistura melhor, para a busca da santidade, e da complementariedade, mas aí também é que mora o maior desafio presente no casamento: Amadurecer, estar aberto ao crescimento pessoal, superar os obstáculos, isso tudo tendo ao lado outro nesse mesmo processo de feitura.
Na psicologia temos um termo chamado "Empatia" para descrever a capacidade de se colocar no lugar do outro, e na linguagem bíblica destaco a "Misericórdia" com as fraquezas do outro, levando sempre em conta que eu também sou fraco. É bem como Jesus mesmo disse: "Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos ofendeu" (Mt 6,12). Na pratica aquele que perdoa está entranhado de misericórdia e empatia, tornando assim o perdão um dos segredos para um casamento feliz.
O que muitas vezes nos impede de perdoar é o nosso orgulho, travando o amor de ganhar profundidade e autenticidade. Nosso coração ferido pelo orgulho traz sempre em mente que o perdão é uma fraqueza, uma atitude que deixará o outro "mal a costumado". Jesus é o homem que trouxe a novidade, para o perdão, separando assim o erro da pessoa que errou. Jesus não ama o pecado, mas ama o pecador.
Podemos falar de relacionamento que estão isentos de fraquezas? Com certeza, Não! Então podemos concluir que o perdão é fonte de renovação do amor conjugal? Sim, de fato, como Jesus disse "quem muito perdoou, muito ama". Claro que o perdão não pode ser também uma peneira para tampar o sol, quem perdoa e quem é perdoado deve ter sempre claro que é preciso se renovar, buscar esse crescimento espiritual e pessoal, pois o verdadeiro perdão não estaciona, ele renova. O perdão não nos isenta de nossas responsabilidades, e das conseqüências das nossas atitudes, é como no sacramento da confissão o perdão deve estar sempre comprometido com um novo recomeço, no sincero desejo de ser melhor, na busca de acertar.
Todo amor humano só encontra seu verdadeiro sentido no amor de Deus, estamos amando o outro como Deus nos ama? Deve ser sempre esse o questionamento, e nosso ideal sempre será nos assemelharmos a Jesus em seu amor constrangedor.
Como podemos ver nesse trecho do YOUCAT n.524 "O perdão misericordioso que damos ao outros é inseparável daquele que nós próprios procuramos. Se não formos misericordiosos e não nos perdoarmos reciprocamente, a misericórdia de Deus não chegará ao nosso coração".
O perdão cura muitas família, cura doenças, cura muitos pesos desnecessários que carregamos no coração. Muitas vezes perdoar significa deixar de ir ao passado, como bem diz Gerald Jampolsky, é importante para que o casamento não seja pesado com o tempo, de magoas acumuladas, se pequenas coisas mal resolvidas, sendo assim, o tempo precisa ser o aliado, que traz a maturidade no amor, e não que carrega sacos cheios de velharias inúteis e nada edificantes.
Até a empresas já perceberam que o perdão é necessário para qualquer tipo de convivência humana, um termo muito usado no meio empresarial é a "resiliência", ou seja, a capacidade de passar por momentos difíceis e retomar sua forma original. Como por exemplo o Bambu, que com a força do vento em vez de se resistir ele se enverga, se entrega, permite que o vento o entorte e depois ele toma sua forma novamente sem danos sofridos, diferente de grandes arvores frondosas que quando o vento vem elas caem por sua rigidez.
Que possamos sempre ter um coração perdoador, vamos para vida familiar com essa consciência que quem perdoa é mas feliz! Paz e bem!
Um comentário:
Adoro ler os seus textos. Um beijo querida amiga.
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