segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Pelo fim da publicidade de bebidas alcoólicas!

Curioso!
O Brasil proíbe que as pessoas dirijam se beberem.
Não permite a venda de álcool para crianças e adolescentes.
Até quando vai permitir que sejam enganados pela publicidade de bebidas alcoólicas?





A estratégia publicitária da indústria de bebidas alcoólicas alia a bebida aosporte, a conquistas amorosas e de status, misturando realidade com apelo ao uso de bebidas. Apenas na publicidade que assedia o imaginário esporte, relacionamentos bem-sucedidos e álcool caminham juntos. A propaganda de cerveja é exemplo completo da transformação dos corpos em objetos e de oferta de falsos atalhos para a felicidade. Essa publicidade é enganosa. Álcool, beleza e sucesso não são sinônimos.
Assim, é preciso estabelecer políticas públicas que sejam efetivadas em todo o território nacional, garantindo aos cidadãos o direito de ser bem-informados sobre os produtos que lhes são oferecidos. Regular não é cercear o direito dos indivíduos, mas prover proteção social e garantir o direito a informações corretas sobre as mercadorias ofertadas. No Brasil, a regulação é feita pela própria publicidade, baseada, em tese, na proteção a crianças e adolescentes e na proibição de induzir ao consumo abusivo e irresponsável de bebidas alcoólicas. Ora, propagandas em lugares ensolarados, animados e bonitos não são atraentes para adolescentes? Essa autorregulação não funciona!
Mesmo as leis existentes seguem descumpridas: não restringem, por exemplo, a propaganda de cerveja, resultado da pressão do poderosíssimo lobby da indústria de bebidas e da publicidade, que movimentam milhões de reais. A regulamentação não é obedecida. A indústria cria artifícios legais para burlar as restrições à publicidade. Isso não deve ser aceitável! Por isso a Psicologia posiciona-se pelo fim da publicidade de bebidas alcoólicas!

Texto do Conselho Federal de Psicologia http://comunicacao.pol.org.br

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